A empatia é um termo que está em alta nos últimos anos. Contudo, muitas pessoas associam empatia a famosa frase “faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. Esse conceito pressupõe que as pessoas tem os mesmos interesses que eu e dessa forma posso fazer a elas o que eu gostaria de receber, tornando nossos comportamentos mais egocêntricos do que empáticos.
Mas então o que seria a empatia? O filósofo social, escritor e fundador do Museu da Empatia Roman Krznaric a descreve como: “[...] empatia é a arte de se colocar no lugar do outro por meio da imaginação, compreendendo seus sentimentos e perspectivas e usando essa compreensão para guiar as próprias ações”. Ou seja, é a capacidade de se colocar no lugar do outro.
No campo da neurociência, alguns estudiosos consideram que os neurônios-espelho poderiam ser considerados a empatia inata. Esses neurônios tem a capacidade de reproduzir e espelhar no nosso próprio cérebro o que vemos no outro. Nesse sentido pode-se dizer que a empatia tem bases neurais e que pode ser desenvolvida, à medida que treinamos nosso cérebro para isso.
Agora que já entendemos um pouco sobre o que é empatia, como podemos desenvolvê-la?
A chave está em desenvolver a habilidade de ouvir empaticamente. O que é difícil, pois se a escuta ativa já é difícil, que dirá ouvir empaticamente. Imagine uma situação na qual está discutindo com uma pessoa e suas opiniões divergem sobre a solução de um problema, você acha estar certo e a pessoa também. A melhor forma de administrar o conflito e chegar a um consenso, é através da empatia. Isso significa que será necessário ouvir a opinião da pessoa sem interrompê-la, e buscando identificar seus sentimentos e necessidades sobre o assunto. Dessa forma é possível unificar as ideias, trazendo resultados satisfatórios para ambos os lados.
Segunda dica, é conhecer pessoas novas, buscando ter conversas que ultrapassem do superficial, desafiando suas próprias convicções. Faça isso com a mente aberta, e sem tentar enquadrar a pessoa nos seus padrões e valores.
A terceira dica é diminuir seu ritmo durante uma conversa, de modo que possa prestar atenção no que está sendo dito. Evite formular respostas para a pessoa antes de que ela termine de falar. Se necessário, faça perguntas para entender melhor o ponto de vista do outro, seus sentimentos e necessidades.
A empatia, é considerada um dos pilares da inteligência emocional, e uma capacidade ou habilidade importante para os relacionamentos humanos em todas esferas da sociedade.
O tema empatia é algo que me interessa bastante e costumo dizer que “A Empatia é o tempero dos relacionamentos” (Karin Beskow, 2019). Assim como uma comida sem tempero parece não ter graça ou sabor, os relacionamentos sem empatia não geram conexão com o outro e suas necessidades. As ervas finas e especiarias na dosagem certa, além de sabor trazem benefícios a saúde. Da mesma forma, a empatia na dosagem certa traz saúde para os relacionamentos.
Espero que tenha gostado deste texto e que consiga desenvolver mais empatia nos relacionamentos!
REFERÊNCIAS:
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